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Melhoramento genético e debate do futuro da carne

CONACARNE
ESCRITO POR NATHÁLIA FERREIRA DE BELO HORIZONTE
18/09/2025 . SISTEMA FAEMG, SINDICATOS, SENAR, INAES, FAEMG

 

O painel “Produzindo a carne do futuro”, realizado nesta quinta-feira (18/09) durante o Congresso Nacional da Carne (Conacarne 2025), reuniu representantes da pesquisa, da academia e de entidades de melhoramento genético para discutir os caminhos da pecuária em direção a uma produção mais eficiente, sustentável e alinhada às demandas globais.

O painel contou com a participação de Ricardo Abreu, gerente de fomento dos Programas de Melhoramento Genético da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), Maury Dorta, coordenador do Programa Embrapa Geneplus, e Sérgio Bertelli Pflanzer, professor da Faculdade de Engenharia de Alimentos da Unicamp. A mediação foi conduzida por Stéphanie Ferreira, presidente da Comissão Nacional das Mulheres do Agro da CNA.

O professor Sérgio Bertelli, da Faculdade de Engenharia de Alimentos da Unicamp, provocou a plateia ao afirmar que, apesar das inovações em proteínas alternativas, o futuro seguirá tendo a carne bovina como protagonista. Para ele, a chamada “carne do futuro” é a que já se consome hoje, mas produzida com mais tecnologia, eficiência e sustentabilidade. Segundo Bertelli, o Brasil é o único país capaz de atender a crescente demanda global por proteína animal com qualidade.

A mediação de Stéphanie Ferreira conduziu a discussão para a necessidade de integração entre pesquisa científica, programas de melhoramento e práticas no campo, de forma a transformar inovação em resultados concretos para produtores e consumidores.

O painel apontou que o futuro da carne passa, necessariamente, pela união entre genética e tecnologia. Esses pilares, segundo os especialistas, são fundamentais para garantir que o Brasil continue na liderança da produção e exportação, ao mesmo tempo em que atende às novas exigências do mercado internacional.

O coordenador do Programa Embrapa Geneplus, Maury Dorta, destacou ainda, que o melhoramento genético é ferramenta essencial para a evolução da pecuária. Ele reforçou que o trabalho precisa estar conectado à realidade do produtor e do mercado consumidor. Dorta lembrou que, embora o zebu seja a base da pecuária nacional, cruzamentos com raças taurinas e compostas podem elevar padrões de qualidade, especialmente em relação à maciez da carne, adequando-se às exigências internacionais.

Encerrando o painel, o gerente de fomento da ABCZ, Ricardo Abreu, reforçou o compromisso da entidade em ampliar o acesso dos criadores às ferramentas de melhoramento genético. Para ele, democratizar o uso da genética permitirá maior precocidade, eficiência reprodutiva e incremento do desfrute, consolidando o Brasil como referência mundial em pecuária de corte.