Os alimentos produzidos pelo agricultor familiar Hélio Faria chegam às escolas de Guiricema por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). A conexão do produtor com a educação se fortaleceu na última semana com o programa Agro na Escola, iniciativa do Sistema Faemg Senar em parceria com o Sindicato dos Produtores Rurais de Guiricema e a Prefeitura, por meio das Secretarias de Educação, Agricultura e Meio Ambiente e apoio da Emater-MG.
O produtor recebeu a visita de 60 alunos da Escola Municipal Coronel José Antônio da Cunha para conhecerem a sua plantação de goiabas. Outra propriedade visitada pelos estudantes é exemplo de sustentabilidade e atenção ao meio ambiente, com área de nascente preservada e corredor ecológico. O produtor Omar Campos apresentou a sua agrofloresta, que une ao café, banana e árvores nativas, a silvicultura com o plantio do mogno africano e a criação de gado de corte.
Antes das visitas, as crianças participaram de aulas ministradas pelo instrutor Tiago Barreto, abordando temas como sustentabilidade, produção agropecuária e preservação ambiental. “Falamos sobre a importância do agro para o país, para a economia e para o meio ambiente, reforçando a necessidade de um cultivo responsável. O programa ajuda a formar uma nova geração de cidadãos e de futuros produtores conscientes e engajados com o setor”.
Avaliação positiva
Para a diretora da escola, Ariana Souza, o programa deixou um aprendizado que vai além dos conteúdos curriculares, especialmente pelo contato com a natureza. “Foi uma oportunidade de aproximar as crianças de temas que impactam diretamente o presente e o futuro delas. O Sistema Faemg Senar e o Sindicato desenvolveram um trabalho inovador, e os produtores nos receberam com muito carinho”, afirmou.
O secretário municipal de Educação, Avelino Marcelino de Paula, destacou que o projeto se alinha com os princípios do Município de oferecer conhecimentos para a vida, e acerta em ir além dos livros didáticos e salas de aula. “Um grande avanço no conhecimento de campo, dos modos de produção, do espaço físico e da educação ambiental. Contribui muito para o aprendizado das nossas crianças sobre a relação campo-cidade e de onde vem os alimentos que eles estão ingerindo”.
A professora Luana Amorim destacou o entusiasmo dos alunos. “Muitos moram na zona rural, mas outros nunca tinham visitado uma propriedade. Todos se envolveram e ficaram encantados com o que aprenderam”. A inclusão também marcou a iniciativa. Fabíola Campos, que acompanha um aluno do espectro autista, elogiou a abordagem. “Ele participou ativamente, ficou atento e foi acolhido com muito respeito pelo instrutor”, avaliou.
A agente de desenvolvimento rural do Sindicato, Márcia Sartori, classificou a iniciativa como uma atividade marcante para a entidade e o município. “As crianças ficaram encantadas e felizes com tudo o que vivenciaram. É gratificante ver o interesse delas pelo campo e pelo futuro do agro”.