O Valor Bruto da Produção Agropecuária de Minas Gerais (VBP) teve crescimento de 7,2% até setembro deste ano, sendo estimado em R$ 147 bilhões. A agricultura registrou um crescimento de 7% e a pecuária de 7,5%.
O índice mostra o quanto a agropecuária está gerando em termos de valor econômico para Minas, refletindo a contribuição das lavouras e da pecuária para a economia.
A assessora técnica do Sistema Faemg Senar, Aline Veloso, comenta que o ano de 2024 tem sido desafiador. “Os produtores rurais têm sido acometidos por maior custo de produção e bastante impactados pelas adversidades climáticas, o que tem interferido no desenvolvimento das atividades produtivas. Por sua vez, os preços de alguns dos produtos acompanhados para o VBP, no comparativo com o ano de 2023, têm reagido em 2024, fazendo com que o resultado do indicador ficasse positivo na análise até o mês de setembro”, diz.
Aline também chama atenção dos pecuaristas. “Olhar especial para os produtos da pecuária que, ao terem tido os dados de 2023 publicados e considerados os abates e produção até o 2º trimestre do ano, apresentaram resultados positivos, mesmo que os preços não tenham refletido aumento no comparativo, especialmente para boi gordo, leite e ovos”, analisa.
Veja os principais destaques do informativo desse período:
1. Produção agrícola: produtos como o algodão, feijão (1ª, 2ª e 3ª safras), batata (1ª, 2ª e 3ª safras) e mandioca tiveram aumento na estimativa de produção em setembro. No entanto, culturas como arroz e soja apresentaram uma diminuição. Esses ajustes refletem os ajustes no levantamento feito pelo IBGE quanto à produção.
2. Produção pecuária: A produção de leite e ovos foi atualizada com base nos dados mais recentes do IBGE para o fechamento de 2023, assim como as estimativas de abate para bovinos, frangos e suínos. Essas atualizações destacam as tendências específicas para cada tipo de produto da produção pecuária em Minas Gerais em 2024, considerando as pesquisas trimestrais do ano já divulgadas.
3. Cana-de-açúcar e café: Os dados de produção para cana são baseados em relatórios da CONAB, que ainda não consideraram os impactos de queimadas recentes. Já para o café, as estimativas foram ajustadas conforme o levantamento publicado em setembro de 2024, refletindo queda na produção.
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