Conheça a FAEMG

A FAEMG (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais) defende os interesses dos produtores rurais do estado.

Crédito Rural

Veja informações sobre os financiamentos destinados aos produtores rurais, cooperativas ou associações para fomentar a produção e comercialização de produtos agropecuários.

Informações Jurídicas

Acesse os documentos disponibilizados pela Assessoria Jurídica para auxiliar os produtores rurais.

Contribuição Sindical
Leiloeiros Rurais

Veja todas as informações sobre os leiloeiros rurais do estado de Minas Gerais.

Compartilhe


Sistema discute impactos dos incêndios rurais

AUDIÊNCIA PÚBLICA
ESCRITO POR FERNANDA TEIXEIRA, DE BELO HORIZONTE
11/09/2024 . SISTEMA FAEMG, SINDICATOS, SENAR, FAEMG

Para debater os impactos dos incêndios rurais no agronegócio de Minas Gerais, o Sistema Faemg Senar participou, nesta quarta-feira (11/9), de uma audiência pública promovida pela Comissão de Agropecuária e Agroindústria da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Solicitada pelo deputado Raul Belém, a audiência abordou as consequências das queimadas especialmente para o setor sucroenergético, tendo em vista que o Estado é o segundo maior produtor de cana-de-açúcar do país.

Segundo a gerente de sustentabilidade do Sistema Faemg Senar, Mariana Ramos, os produtores rurais são as maiores vítimas dos incêndios. “O fogo os afeta de maneira terrível, causando prejuízos como a perda de lavouras, animais, cercas, equipamentos, construções, além de colocar em risco a vida de suas famílias e colaboradores. Nosso papel nesta audiência é levar as dores dos nossos produtores e colocar sugestões de propostas a serem encaminhadas pela assembleia”, explica Mariana.  

Entre os pleitos apresentados e levados a encaminhamento, está o que propõe uma autuação diferenciada no caso de incêndio, para que o produtor rural não seja responsabilizado e punido por um incêndio que não teve origem em sua propriedade. “Deve-se buscar a origem do fato e os verdadeiros culpados. A lei de crimes hoje prevê detenção e até reclusão para eventuais queimadas em vegetação nativa. Mas culpar o dono da terra sem a certeza que o fogo iniciou ali é um problema”, reforça a gerente. Neste sentido, o deputado Raul Belém anunciou que irá protocolar projeto de lei para isentar o produtor rural que foi impactado entre julho e setembro de 2024.

Outras propostas levadas ao debate foram a dilação no prazo para pagamento de dívidas dos produtores que tiveram suas propriedades atingidas, a manutenção das rodovias com ações de segurança contra incêndio, por meio de aceiros em toda a faixa marginal sob domínio da via, e o pedido para que as estruturas do programa Previncêndio fiquem à disposição para combate ao fogo mesmo fora das unidades de conservação.

Cana-de-açúcar

Segundo a Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais (Siamig), somente no Triângulo Mineiro, que é responsável por 78% da produção de cana-de-açúcar no estado, foram queimados aproximadamente 45 mil hectares de plantações de cana-de-açúcar, sendo que destes, 30 mil hectares eram de cana a ser colhida, um valor correspondente a cerca de 2 milhões de toneladas.

“Nós, da Comissão Técnica de Cana-de-açúcar da Faemg, estamos preocupados porque os produtores nos procuram para apresentar os problemas. E existem situações em que precisamos nos sentar com outras entidades e fazer um trabalho que realmente traga resultados. A legislação hoje atrapalha muito o produtor rural, por isso, viemos conversar para encontrar um caminho que os resguarde das perdas econômicas e ambientais”, destaca o presidente da Comissão Técnica de Cana-de-açúcar da Faemg e do Sindicato dos Produtores Rurais de Campo Florido, Márcio Guapo.

Também participaram da audiência os deputados Dr. Maurício e Antonio Carlos Arantes, o secretário-adjunto de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, João Ricardo Albanez, o presidente da Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais, Mário Campos, o gerente do Departamento Técnico da Emater, Milton Flávio Nunes, o  presidente da Academia Latino-Americana do Agronegócio, Manoel Mário de Souza Barros, o representante jurídico da Associação dos Fornecedores de Cana da Região de Campo Florido (Canacampo), Renato Aparecido Roque, e a chefe do Departamento Estadual de Investigação de Crimes Contra o Meio Ambiente da PCMG, Bianca Landau Braile.