Pecuaristas de Passos acabam de ganhar assistência técnica e gerencial com a chancela do Sistema Faemg: eles foram apresentados ao Programa ATeG Bovinocultura de Corte em uma reunião organizada pelo Sindicato dos Produtores Rurais de Passos na noite de segunda-feira (15), na sede da entidade.
“Há muito tempo temos essa demanda reprimida. Passos é um grande produtor de proteína animal, especialmente a bovina, mas faltava uma assistência adequada a pequenos e médios produtores”, comenta o presidente do Sindicato, Darlan Esper Kallas. Para ele, a chegada do programa vai impactar principalmente em um melhor aproveitamento das terras da região, tornando a produção mais eficiente.
A analista regional do Sistema, Ágatha Costa, acompanhou a reunião e conta que a adesão foi muito boa, mérito do trabalho incansável do Sindicato. “Era um sonho deles a abertura desse grupo. Só por isso, já podemos ver que será um trabalho promissor, de sucesso”, afirmou. O agente de desenvolvimento rural do Sindicato, Kilder Péricles Silva, e o técnico de campo Fábio da Fonseca Andrade, foram os responsáveis por contatar os cerca de 40 pecuaristas interessados.
Expectativa
Hélio Araújo, pecuarista da região do Taquaruçu, em Passos, diz que o ATeG chegou em boa hora. Os filhos inclusive já estavam buscando uma nova forma de gestão para obter maior produtividade e retorno da atividade. “Nossa expectativa é positiva, temos muita vontade de tirar mais rendimento do corte. Estamos motivados e alegres para buscar resultados”, contou.
O produtor Marcelo Reis Cardoso disse que a reunião foi muito importante para mostrar o objetivo do programa para os pecuaristas e aproximar os envolvidos. “Essa iniciativa tem uma importância enorme, no sentido de promover cada vez mais as melhores práticas na atividade, visando ganho de experiência, melhor aproveitamento da propriedade e, consequentemente, lucratividade e melhoria na gestão. Esperamos que seja só mais uma de muitas outras ações que o Sistema Faemg promova para os produtores rurais”, comentou.
“É de suma importância para o Sindicato trazer o programa para nossos produtores. Temos poucas terras improdutivas, mas mesmo elas, depois de trabalhadas, podem ser aproveitadas para criação e engorda do ‘boi verde’. Com a assistência técnica de qualidade, essas terras poderão produzir muito mais. Teremos mais proteína com mais eficiência”, analisou Darlan Kallas, que também será participante do grupo de ATeG.
Potencial
O maior desafio do grupo será ter eficiência na atividade, opinou o supervisor do ATeG Corte na região, Rodrigo Barros. Sem isso, não dá para cobrir os custos ou ter lucro na atividade. “Vamos adequar para chegar ao sistema correto para o corte com esses produtores e inserir neles a mentalidade de tratar a fazenda como uma empresa rural, controlando a gestão para ter lucratividade a médio e longo prazo”, pontuou.
“Cada novo grupo formado de ATeG é composto por diversas famílias que serão impactadas com os benefícios gerados pelo atendimento voltado para o desenvolvimento técnico e econômico de cada propriedade”, explicou Ingryd Lanna, analista técnica de ATeG e coordenadora do segmento de bovinocultura do programa na regional de Passos. Ela aponta que a abertura deste grupo poderá, por exemplo, auxiliar os produtores no aumento da produtividade por hectare. “Isso permite que a intensificação viabilize economicamente a atividade em regiões de terra com valores mais altos”, explicou.